Como o ‘Online Radio Awards’ nos achou

Por Bira de Bauru

Numa tarde qualquer da penúltima semana de agosto de 2017 meu filho Pedro veio reclamar da internet aqui de casa (ele joga online estava bravo porque ‘o ping estava alto’). Eu havia acabado de abrir meus e-mails.

Mostrei que “só estava vendo e-mails e já iria liberar a conexão só pra ele”.

Vimos juntos o e-mail do Mixcloud.
Li duas vezes pra ter certeza e ele confirmou: a nossa pequena Rock Bauru havia sido indicada a um prêmio internacional.

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O e-mail do Mixcloud sobre o Online Radio Awards 2017

A vontade era de sair pulando pela sala, mas o e-mail pedia o envio de algumas coisas pra eles (mas antes nós saímos pulando pela sala, sim!).

Enquanto providenciava os pedidos, uma pergunta não saía da cabeça (e não saiu até agora): “Como?“.

O Portal Rádios (o maior do Brasil) possui 12.267 rádios cadastradas, entre AMs, FMs e digitais.
O Ministério das Comunicações diz que o país tem 9.479 rádios – 3.133 são FMs, 1.925 AMs e 4.421 comunitárias.

Números brasileiros. Imagine no resto do mundo.

Então por que nós?

A Rock Bauru hospeda no Mixcloud alguns programas para acesso fora da programação normal da Rádio. O link pra essa facilidade não havia sido divulgado – e ainda não foi – porque eu quero postar muitos programas antes, para que as pessoas possam escolher e ouvir a qualquer momento.

Até então, esse era o único contato que a Rock Bauru tinha com o Mixcloud, que é a maior plataforma mundial de hospedagem de “radio shows”, como eles dizem.

Essa hospedagem é gratuita, antes que alguém diga que existe algum interesse/motivação para essa indicação.

Até agora, só posso imaginar que eles ouviram nossos programas e, apesar deles serem em português (a sede do Mixcloud é em Londres), o sorriso e a risada são universais. E é assim que fazemos nossos programas.
Porém, acho presunçoso da minha parte pensar assim. Mas, aconteceu.

O Online Radio Awards é o maior prêmio mundial do radio online.  Não sou eu quem está dizendo:

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Print do site do Prêmio. O link está no parágrafo anterior.

O mais importante: EU NÃO SABIA desse prêmio. Encontrei o Mixcloud neste ano.

Mas beleza. A indicação veio, eu habilitei a Rock Bauru a participar e agora estamos nas mãos dos juízes. São 15. Pessoas ligadas à música, mas nenhum brasileiro.

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Acima, nossos concorrentes: uma rádio argentina, duas mexicanas e uma outra brasileira. Ficamos bonitos na foto. Mas somos os pangarés.

Finalizando:
O webrádio no Brasil ainda é visto como “alternativo”. As Rádios por emissão de ondas ainda são as mais ouvidas e as mais procuradas comercialmente. Merecem. Concessão é difícil, a estrutura é caríssima.
Mas TODAS as rádios tradicionais já transmitem online seu sinal.
Tenho certeza de que chegaremos – em 30, 40 anos? – ao nível da Noruega, que desligou o sinal de FM no território todo, trocando pelo DAB (Digital Audio Broadcasting) – leia a matéria do G1.

Nós da Rock Bauru fazemos DAB. Nós e todas as outras webrádios do mundo.

Nós só queremos fazer “diferente”.
Essa indicação ao Online Radio Awards mostrou que estamos no caminho certo.

Em tempo: 
1. Se me ouvirem dizer que “só a indicação valeu” é conversa. Quero ganhar. Se não ganhar, aí sim vou dizer que só a indicação valeu.
E isso não deixa de ser verdade. Já estamos entre as 5 maiores da América Latina.
2. Provavelmente a próxima postagem desse Blog será após a divulgação do resultado. Nos vemos lá.

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Bira de Bauru é bacharel em Direito, MCSE pela Microsoft e Coordenador da Rock Bauru

Sobre o que aprendemos com a Blackning

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Por Bira de Bauru
bira@rockbauru.com.br
rockbauru.com.br

Ha algum tempo tive a oportunidade de entrevistar pela Radio Rock Bauru a Blackning, banda autoral de Santo André que faria um show naquele final de semana em Bauru.

Isso faz parte do nosso trabalho aqui: falamos com bandas o dia todo, “no ar” e fora dele. Afinal, somos uma webradio feita por músicos.
Mas o caso da Blackning foi diferente. Veja:

(Separei os assuntos pro textão ficar mais fácil de ler)

O EVENTO
Era um show no Exílio Art Pub, aqui de Bauru mesmo. Estávamos na semana do evento. Três bandas participariam: Blackning e mais duas bauruenses.

O CONTATO
A Blackning foi a única a nos procurar – uma pausa: ninguém é obrigado a divulgar seu evento conosco, mas estamos aqui pra isso – sim, foi a única.
Veja: não estou, de modo algum, reclamando das outras duas bandas ou da organização do Evento.
Mas eles, lá de Santo André, acharam nosso WhatsApp e iniciaram o contato.
Ou seja, “se viraram”.

Quem intermediou foi a Isis Correia, pessoa bastante flexível que facilitou tudo pra nós.
Manteve um nível perfeito, até elegante, de insistência (na certa deve ter notado nossa dificuldade em responder mensagens).

Me direcionou ao solícito Cleber Orsioli, guitarra e vocal da banda.
Nossa única forma de gravar a entrevista seria pelo WhatsApp (por causa, claro, da distância). E assim foi feito (você pode ouvir a entrevista pelo MixCloud. Link lá no final).

Nada de muita novidade até aqui.
AGORA VEM “O QUE APRENDEMOS COM A BLACKNING”:

Quando perguntei ao Cleber “como encontrar a banda nas redes sociais” (uma pergunta ‘quase padrão’), a resposta foi simples:
– É só acessar nosso site: blackning ponto com.

Temos quase 4 anos de experiência em contato com bandas.
Normalmente a resposta é “Facebook e Instagram”. Sim, a Blackning também tem ‘Facebook e Instagram’.
Mas está TUDO no site.

E este texto é sobre o site (e o trabalho que existe por trás dele).

O site da Blackning é COMPLETO.
Tem realmente tudo sobre a banda. Tudo mesmo.
Como se não bastasse, eles mantém uma área somente para a imprensa, com coisas que parecem banais, mas que fazem toda a diferença quando um veículo de mídia precisa de arquivos em alta resolução para montar uma chamada gráfica, ainda que digital.

FINALIZANDO: ONDE QUEREMOS CHEGAR?
Nós músicos (permitam minha inclusão, por favor) trabalhamos muito. E não é só com o instrumento que tocamos.
Aquilo que chamamos de “corre” é o que faz a diferença entre uma banda que encontra seus meios de luta e vitória pelo espaço na cena autoral e aquelas que batem lata por aí reclamando.

A Blackning soube fazer, como poucas – quase nenhuma – um site com clara pitada de marketing e até onde sabemos, no melhor estilo “do it yourself“.

A Blackning soube também respeitar a mídia como poucas (sabedora talvez, de que a imagem de perfil da banda no Facebook não tem resolução suficiente para uma arte bem-feita).
É, amigos músicos-solo e bandas… não tem, não.

A Blackning poderia até “não usar” redes sociais. Sério!
Mas hoje as pessoas passam mais tempo ‘curtindo e compartilhando’ do que olhando pra calçada onde estão pisando.
Isso nos leva às redes sociais, certo?

Mas o trabalho nas redes sociais não se resume a alcançar likes e compartilhamentos, mas sim oferecer conteúdo relevante de informação.

Nos colocaram numa bolha, amigos.
A Blackning está fora dela. O braço mais forte de comunicação é fora do Facebook (é, existe VIDA fora do Facebook e as bandas deveriam saber disso).

Se você chegou até o final deste texto, agradecemos. Poucos o farão.

A Rock Bauru, web radio com 3 pra 4 anos de existência, quase sempre Top10 no segmento rock nos rankings de maior credibilidade, uma filial em Goiânia, líder da ToPlay (a maior rede de emissoras digitais do Brasil, além de vídeo produtora e gestora de marketing digital) quer prestar seu agradecimento à Blackning pelo respeito que recebeu.

Além disso, quer PARABENIZAR a Blackning pelo excelente – excelente mesmo – trabalho de apresentação virtual.

Notaram que não falamos da qualidade musical? Pois é. Quase esquecemos.
Ouça no site da Blackning.
É, eles também disponibilizam as músicas 🙂
Sua fanpage permite isso?

→ O site: www.blackning.com

Ouça aqui a Entrevista da Blackning no programa Estúdio014 da Rock Bauru

(Em tempo: nosso site também precisa usar o que aprendeu com a Blackning)

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Bira de Bauru é Bacharel em Direito, MCSE pela Microsoft e Coordenador da Rock Bauru

 

 

Rock do Bem: demoramos 12 anos pra escrever isso…

Dezembro em Bauru tem a “chegada do Papai Noel” em 200 lugares diferentes e tem o ROCK DO BEM.

Como acreditamos mais no Rock do que no Papai Noel-padrão, desde 2005 a cidade se mobiliza com esse Festival que passa/passou pelos melhores palcos de Bauru levando música de qualidade em troca APENAS de brinquedos que são sempre doados diretamente para crianças das regiões mais carentes daqui.

Fazemos questão de frisar: o brinquedo sai da sua casa e vai diretamente pras mãos das crianças, entregues pelo Papai Noel Marcião (neste sim nós acreditamos).

Como ninguém lê “textão”, seremos breves:
Existem outros Festivais Beneficentes importantes em Bauru, como o Solidary Rock, mas aqui estamos falando do Rock do Bem.

Apesar de toda a ajuda voluntária, do envolvimento das casas noturnas, da compreensão do público no que se refere aos objetivos do Festival, AINDA FALTA UMA OFICIALIZAÇÃO.

Por “oficialização” entendam “ajuda do Poder Público”. Sim, a Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, já dá seu imprescindível apoio. Porém, a inclusão do Rock do Bem no Calendário Oficial Municipal facilitaria o recebimento de patrocínio e aumentaria as chances de termos atrações “mainstream”.

Isso SÓ AJUDA ÀQUELES CUJO NATAL ‘NÃO É EXATAMENTE DO BEM’.

Não é para a promoção individual de ninguém, não é pra divulgação de determinadas marcas ou bandas. É “só” pras crianças de Bauru.

Sabemos que isso não é “assim“, “vamos conseguir” e pronto.
Mas esperamos que o atual – e os próximos Governos Municipais enxerguem os objetivos desse Festival e facilitem o trabalho dos incansáveis Euler Silva e Marcio Lanzarini (organizadores).

Não importa a gestão política.
Os objetivos do Rock do Bem são nobres.
Contamos com a colaboração dos também Nobres políticos desta Cidade que tanto amamos.

Parabéns Rock do Bem.

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Por Bira de Bauru
Rock Bauru

“Heavy and Loud”: FROST VALLEY

Por Bira de Bauru

Existe uma grande movimentação da música acontecendo em Bauru, mas como na maioria dos “celeiros do rock”, faltam espaços pras bandas mostrarem seus trabalhos. Mas isso é assunto pra outra hora.

Um dos expoentes dessa movimentação é o Frost Valley, que lançou o EP “Going Alone” (cujo link está no final deste texto).

Eles participaram da Primeira Edição do Armazén Rock Festival e o vocalista Yuri Kufa foi entrevistado pela Rock Bauru.

As cinco faixas são inebriantes. As guitarras marcantes. As letras são bem feitas.
Um típico CD que DEVE ser escutado.

O vocalista e guitarrista André Moreno, da Overhead, não menos importante na cena nacional e da América do Sul, gravou um cover da faixa “With You” (o link também está no final do texto).

O colunista Junior Frascá – do Whiplash.net –  escreveu uma resenha muito positiva sobre o trabalho do Frost Valley. Confira o link no final deste texto.

Não por acaso eles foram convidados para participar do tributo ao Edu Falaschi, vocalista mundialmente conhecido pelo seu trabalho com o Angra.

Formação:
Yuri Kufa (Vocal/Guitarra)
Rodrigo Venancio (Guitarra Solo)
Krust (Baixo)
Fuscão (Bateria)

Essa molecada merece.
E dá pra ver nitidamente que é só o começo.

Links:
EP ‘Going Alone’
André Moreno (Overhead) – ‘With You’
Resenha de Junior Frascá do Whiplash.net
Site: frostvalley.com.br

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Bira de Bauru é bacharel em Direito, MCSE pela Microsoft e Coordenador da Rock Bauru: http://www.rockbauru.com.br

 

Uma noiva no nosso aniversário

Quem esteve no Vitória Régia no dia 22 de novembro viu uma cena no mínimo, pitoresca: uma noiva apareceu “do nada” e foi até chamada ao palco.

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Rolava o show da Inlakesh. A “noiva” (que ainda não temos o nome) é modelo e estava fazendo fotos no Parque. Resolveu descer pra área próxima ao palco, mas ainda não era vista pelo público na arquibancada do Anfiteatro.

A organização do evento viu, avisou a banda e levou a noiva ao palco.

Foi surpreendente!

PapaSonico Radio Magazine (novo formato)

Por Fernando Papassoni

Chegamos ao final do PapaSonico como vocês conhecem. O formato temático, de contextualização histórica ou de gêneros está aposentado. Agora nós vamos misturar tudo isso e trazer também noticias para dentro do programa.

A chegada do Gugu (Gustavo Domingues, publicitário e compositor) e do David (professor de artes e músico) foram fundamentais para que um novo formato surgisse.

O PapaSonico – Radio Magazine, ganha nova abertura, novo BG e um formato de revista audiofônica, onde são compiladas as melhores histórias publicadas pela mídia especializada, além de lançamentos nacionais e internacionais e re-lançamentos. Agenda de shows e festivais mais importantes no Brasil e no mundo também farão parte do programa.

Espero que vocês curtam o novo formato, muito mais informativo e divertido do que quando comecei.
Tamo junto!!

Fernando Papassoni é jornalista e apresentador do programa PapaSonico, todas as terças, às 20h

Fernando Papassoni é jornalista e apresentador do programa PapaSonico, todas as terças, às 20h

B.B. King: Vai o homem, fica sua arte

Por Vinícius Almeida

O BB King é (foi) importante para quem quer que um dia tenha colocado as mãos numa guitarra.
Sua importância, sua música, sua arte transcendem o estilo musical. Como todos sabem, não nasci como músico no blues, mas sempre o ouvi, sempre prestei atenção às notas bem colocadas, ao feeling, ao timbre. Para o blues, seu valor é inestimável.

É grande responsável, junto com Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan, pela popularização (se assim pudermos dizer) do estilo. Aumentando, e muito, o seu público. Trazendo as notas daqueles catadores de algodão que cantavam suas mágoas e vida sofrida para a TV, grandes palcos, rádio, etc.

Deixa, de muito marcante, sua simpatia, seu amor incondicional pela música que, inclusive, o fazia ir contra recomendações médicas e da família e não abandonar os palcos e sua amada Lucille (a guitarra da marca Gibson cujo modelo eternizou e transformou em sonho de consumo de muitos guitarristas, inclusive este aqui que vos fala).

Deixa como marca inconfundível, também, seu fraseado simples, mas extremamente pessoal. Com poucas notas, dizia, conseguia dizer muito. E dizia. A quem ouvir atentamente suas canções, podem chegar os mais variados sentimentos oriundos daquelas poucas, mas muito bem colocadas, notas.

Vai embora o homem, fica a sua arte. Estará sempre sendo homenageado e lembrado por todos nós, músicos e amantes da música, a cada apresentação, a cada nota “solitária” entre uma frase cantada e outra.

Descanse em paz Riley B. King, o nosso eterno rei: BB KING!

Vinícius Almeida é guitarrista da The Red Blues Band e apresentador do Programa Cold Shot

Vinícius Almeida é guitarrista da The Red Blues Band e apresentador do Programa Cold Shot, toda sexta, às 14h30

Quando vence a simplicidade

Por Bira de Bauru

Tive o prazer de ser o “mestre de cerimônias” do Primeiro Armazén Rock Festival. O convite partiu do David Calleja, um dos organizadores (junto com o Tavinho Bornia e a Valéria Carvalho – proprietária do Armazén).

Falar em público não é uma dificuldade, apesar da minha parca dicção. Pouco tempo antes desse convite, já havia sido apresentador do primeiro Vitória Rock de 2015, festival bimestral bauruense, na oportunidade, com show da Plebe Rude e mais três bandas de Bauru – Seattle Dead Idols, RockVolver e Johnny Daniels – entre outras “passadas de vergonha” na frente de várias de centenas de amigos e desconhecidos. Já nem ligo.

Mas aceitei com certo receio. O Festival, em si, já demandava uma grande responsabilidade: apresentar bandas (a maioria, de amigos) com a mesma isenção e imparcialidade dos jurados, mas sem a seriedade com que eles, obviamente, atuaram no Festival.
Po, não sei fazer sério. É o “jeito” que a Rock Bauru tem trabalhado desde o início: podemos ser sem-graça, mas tentamos levar informação de uma forma descompromissada, sem o formalismo do rádio por emissão de ondas.

Contudo, este texto não é sobre mim. É sobre as figuras simples e competentes que trabalharam pelo Festival:

Começo falando das bandas: oito “monstros” autorais subiram no tradicional palco do Armazén: Frost Valley, Seu Antonio, Foots n’ Fingers, Rum Paradise, Estação Primeira de Bluseira, Elephant King, Backlash e Sociopata. Pude entrevistar todas elas para os vídeos do Festival (você vê esses vídeos na fanpage da Rock Bauru: www.facebook.com/rockbauru). Não quero comentar o resultado. Coube aos jurados (esses sim, quero comentar) a escolha do vencedor (a Elephant King).

Os jurados: Daísa Munhoz, George Salles, Vitor Caricati, Emil Shayeb, Luis Paulo Domingues e Bruno Bolsoni. Esse time – que faria uma banda sem precedentes – teve a dura tarefa de escolher a melhor entre as melhores. Sinceramente, não queria estar no lugar deles.

A equipe de apoio: Eric Solon (vídeos) e Ale Kurokawa (fotos): sobre esses dois posso dizer (sem medo de errar, ou de me alongar em elogios) que são jovens com um talento inigualável e um futuro brilhante a despontar.

O público: ah, esse ponto é importante. Apesar de tudo já estar organizado (ordem das bandas, tempo de cada uma no palco, entrevista, premiação e tudo mais), não existiria “a graça” do Festival sem a presença – surpreendente, a princípio – de todos que estiveram lá no Armazén pra ouvir música autoral. Sim, um público – na maioria – acostumado a ouvir covers, apareceu pra ver as bandas apresentarem seu trabalho criativo. Isso mostrou que, com qualidade e organização, as pessoas se deslocam pra ouvir autoral.

Por fim, a organização: David Calleja, Tavinho Bornia e Valéria Carvalho fizeram um trabalho primoroso, digno de um grande festival. As bandas foram unânimes nos comentários sobre a não ocorrência de contratempos.

Pra finalizar, um resumo: três noites históricas, agradabilíssimas, de altíssima qualidade.

A Rock Bauru agradece a todos, sem exceção, pela honra de poder transmitir o Festival ao vivo, para toda a Internet.

Particularmente, agradeço também. Me diverti, vi, revi e fiz novos amigos.

A razão do título deste texto? Tudo foi feito com simplicidade, o que não significa dizer que foi mal feito. Significa que ninguém “usou” o Armazén Rock Festival pra se promover. A comunhão sobressaiu a qualquer interesse pessoal.

Repito: “Rock autoral não morde”. E a hora dessa mudança cultural é agora.

Bauru é foda!

Bira de Bauru é bacharel em Direito, MCSE pela Microsoft e Coordenador da Rock Bauru

Bira de Bauru é bacharel em Direito, MCSE pela Microsoft e Coordenador da Rock Bauru

O som Stoner da Elephant King venceu o Armazén Rock Festival

Por Fernando Papassoni

A final do Armazén Rock Festival, em Bauru, que aconteceu na última quinta-feira (07/05), reuniu 4 bandas locais (Sociopata, Seu Antônio, Blacklash e Elephant King)  que tiveram a oportunidade de mostrar suas produções próprias no palco da casa de rock mais tradicional da cidade.  Elephant King (Bauru), com seu Stoner Rock, se sagrou a grande vencedora entre as 8 bandas que participaram das duas etapas do festival.

O estilo Stoner (som com influências de hard rock, acid rock, doom metal e rock psicodélico) tem se destacado no cenário nacional e internacional nos últimos 10 anos. Algumas dessas bandas Stoner conseguiram ir além do cenário do rock e emplacaram sucessos radiofônicos como é o caso do Queens of the Stone Age (EUA) e Wolfmother (AUS). Outras bandas bacanas foram o Royal Blood (UK), eleito o melhor álbum do ano (2014) e a bacanuda Radio Moscow (EUA) que desembarcou no país para uma mini-tour no final do ano passado.

No Brasil, a grande revelação do rock eleita pela critica especializada como Rolling Stone, NME e Tenho Mais Discos Que Amigos foi a banda Far From Alaska (RN), o que rendeu uma apresentação no Loolapalooza 2015. Outras bandas Stoner que despontaram no cenário nacional nos últimos anos foram Black Drawing Chalks (GO), Macaco Bong (MT) e Walverdes (RS) e mais recentemente a banda Red Boots(RN) que lançou no ano passado o ótimo álbum ‘Touch The Void’ (2014).

Um dos principais selos independentes do rock brasileiro, Monstro Discos (GO) é também um dos maiores incentivadores do gênero no Brasil. Se você acessar o canal deles no youtube vai tirar a prova. 

A expectativa agora é que o Elephant King apresente um bom álbum e se firme no cenário. Boa sorte!

 

Confira o som da Elephant King e de algumas bandas citadas no texto:    

 

Elephant King

https://www.youtube.com/watch?v=KDGdGL6KJS0

Far From Alaska
https://www.youtube.com/watch?v=J1x890Fmqkc

Red Boots

https://www.youtube.com/watch?v=qAJAKc-nw0o

Black Drawing Chalks
https://www.youtube.com/watch?v=aqBveUYEEwQ

 

Radio Moscow

https://www.youtube.com/watch?v=6QM7YvsLlrc

 

Royal Blood

https://www.youtube.com/watch?v=bSdtvfBQd6c

Fernando Papassoni é jornalista e apresentador do programa PapaSonico, todas as terças, às 20h

Fernando Papassoni é jornalista e apresentador do programa PapaSonico, todas as terças, às 20h